Especificações segundo NBR 12543 e PPR 4 edição 2016:

 

1. O ar/gás utilizado nos respiradores de adução de ar deve ser respirável e o sistema de suprimento deve ser capaz de supri-lo a todos os usuários, na quantidade e pressão requeridas e durante o uso e no abandono da área. A qualidade do ar/gás respirável deve ser verificada regularmente por pessoas competentes.
2. A qualidade do ar comprimido gasoso respirável, utilizado nas máscaras autônomas e nos respiradores de linha de ar comprimido, deve satisfazer, no mínimo, aos requisitos indicados no Quadro Abaixo: 

 

 

 

 

​

​

​

​

​

​

​

​

​

​

          Onde:

          (1) o termo atm (atmosférico) indica o teor de oxigênio normalmente presente no ar atmosférico; os valores numéricos indicam os limites de oxigênio para o ar sintético.
               (2) a umidade relativa do ar comprimido pode variar de acordo com o uso a que se destina, desde saturado até muito seco. O ponto de orvalho do ar respirável das máscaras autônomas, usadas em condições extremamente frias, deve ser tal que impeça a condensação e o congelamento do vapor de água e deve estar abaixo de -45,6º C (63 ppm) ou estar 5,6° C abaixo da mínima temperatura esperada na sua utilização. Se for necessário especificar um limite para a umidade, ele deve ser expresso em termos da temperatura de orvalho ou concentração em ppm (v/v). O ponto de orvalho deve ser expresso em °C, na pressão absoluta de 101 kPa (760 mmHg).
                 (3) para ar sintético, quando o O2 e o N2 forem produzidos por liquefação de ar, este requisito não necessita de verificação.
                 (4) não requerido para ar sintético quando o componente N2 for previamente analisado e satisfizer o The United States Pharmacopeia/ National Formulary (USP-NF)¹.
                 (5) não requerido para ar sintético quando o componente O2 for produzido por liquefação do ar e satisfizer as especificações da United States Pharmacopeia (USP).
                 (6) o ar pode ter um ligeiro odor, porém, se for pronunciado, é impróprio para consumo. Não existe procedimento para medir o odor. Ele é verificado cheirando-se o ar que escoa da linha em baixa vazão. Não colocar o nariz na frente do jato de ar que sai da válvula, mas, sim, cheirar o ar recolhido entre as mãos colocadas em forma de concha.

​

Como garantir essa qualidade requerida:

Há basicamente 3 formar se geração do Ar Respirável, Cilindros, Equipamento de Geração de Ar Sintético e Sistema de Ar Comprimido por Compressores.

Nos dois primeiros, os cuidados devem ser tomados (e documentados) na captação, geração e armazenamento do ar, já nos sistemas por compressores os cuidados devem ser tomados em toda linha, desde a captação (local dos compressores) até os usuários.

Neste último caso, diferente do que muitos afirmam por aí, não há um único equipamento capaz tratar e purificar o ar a ponto de torná-lo perfeito para a respiração humana, mas sim um conjunto de cuidados que devem ser tomados, ou seja, devem ser observados todos os pontos, desde os compressores, passando pelas tubulações, conectores, conjuntos filtrantes, monitoramento de Monóxido de Carbono, mangueiras atóxicas, até chegar nos equipamentos de proteção respiratória - EPRs.

 - O compressores de estar com suas manutenções em dia, não podem gerar e muito menos contaminar a linha de ar com excesso de óleo e devem estar localizados em locais ventilados e sem possibilidade da incidência de gases tóxicos ou excesso de poeira.

 - A tubulação do ar comprimido deve garantir um fluxo de ar mínimo necessário, além de estarem sem vazamentos e sem contaminação de óleo ou sujeiras.

 - Os Conjuntos Filtrantes devem ser próprios para tratamento de Ar Respirável, garantido assim uma vazão mínima necessária e a correta filtragem de particulados e vapores orgânicos, como o Conjunto Filtrante Clean que filtra 99,9% das partículas superiores a 0,01mc e 98% dos vapores de óleo, garantindo ainda uma vazão de até 2000 litros por minuto.

 - Monitoramento de Monóxido de Carbono: A PPR diz que sistemas que possuem compressores (lubrificados ou não), devem possuir monitoramento com sistema de alarme. Vale destacar que a norma NBR ainda não especifica como deve ser esse monitoramento, se nos compressores, no conjunto filtrante ou na linha, porém é extremamente importante realizar tal monitoramento.

 - Mangueiras Atóxicas: Esse item costuma receber pouca atenção, porém é de extrema importância e quando negligenciado pode causar sérios acidentes. Segundo normas, elas devem ser de material atóxico, resistente ao calor, estrangulamentos, dobras e respingos de produtos químicos, devem ainda ser adequadamente presas aos engates rápidos de modo a suportar a tração e o grande número de manobras que ficará sujeita durante a sua vida útil.

 - EPRs: Os equipamentos devem ser escolhidos de acordo com a atividade e de forma a garantir o maior fator de proteção possível, para isso indicamos, na maioria dos casos, o sistema de Capuzes por Ar Mandado, que geram proteção física, respiratória, facial, além de aumentarem o conforto dos usuários e gerarem redução de custos para a empresa, para isso indicamos o Capuz Easy, que já é largamente usado em indústrias automotivas, químicas e farmacêuticas. Lembrando sempre que toda empresa que utilize equipamentos de proteção respiratória precisa ter um PPR estruturado.

​

Fonte: www.protecaorespiratoria.com